Uma experiência nova e como experiência que é, sem a certeza de ter sequência assegurada.
Quando começámos a cultivar a informação que tínhamos não era muita. Era maior a curiosidade e a vontade de ter o gosto de usufruir de produtos mais saudáveis para a nossa alimentação, do que o saber e o anseio de esgravatar a terra.
Entretanto fomos esgravatando-a e recolhendo informação em livros, em sites na net, em comentários que liamos ou ouvíamos.
Continuamos a saber muito pouco disto mas há uma coisa ou outra que vai começando a dar certo.
Também convém não ser demasiado exigente. Até agora já tivemos diversos momentos de satisfação proporcionados pelos frutos do trabalho na horta.
Mas se de início era tudo boa vontade, no decurso da experiência a coisa começou a suscitar melhorias.
Encontrámos a informação de que fazer canteiros com 1,20 m de largura, com caminhos de 0,50 m entre eles, eram medidas já experimentadas e que se fundamentavam no facto de que de um lado e outro se tem acesso a 60 cm sem necessidade de pisar a terra onde se cultiva.
Assim começámos a segunda época.
Começámos a elaborar os caminhos e a dividir os canteiros.
Não é ingratidão, pois já tínhamos tido boas experiências gastronómicas com as primeiras actividades, mas quisemos melhorar.
E continuámos a plantar. E a recolher.
Constatámos também que o terreno era muito argiloso. E se isso é bom para algumas plantas, para outras o facto de se tornar muito duro quando seca, dificulta o crescimento do que cresce debaixo de terra.
Para experimentar, juntámos em Outubro 50 kgs de areia lavada, comprada no Leroy Merlin, em metade do primeiro canteiro. Juntámos também algum substrato.
E aí plantámos cebolas, cenouras, alhos e beterraba. Estou convicto de vamos ter bons resultados. Inchalá...
No segundo canteiro temos agora favas e ervilhas e a outra metade com tomates e pimentos em final de época para arrancar.
No terceiro canteiro misturámos substrato à terra e plantámos alfaces de duas qualidades, couves, cenouras, nabos e alhos franceses.
E mais tarde de novo cebolas, couves e alfaces pois a lagartas comeram todas as alfaces, as couves,
os nabos e as cenouras.
os nabos e as cenouras.
Aí percebemos também que tínhamos uma guerra pela frente. Uma ou outra alface, ou couve, ainda vá.
Duas plantações inteiras era demais!
Dedicámo-nos então a esse assunto.
Plantámos Tomilho em vários locais. Semeámos Capuchinha, embora um pouco fora de época.
E instalámos várias armadilhas de cerveja que se vieram a revelar duma eficácia surpreendente; ao fim do primeiro dia, já tinham lá ficado umas trinta lagartas.
E passados dois dias outras tantas.
Regámos ainda com extrato de urtiga pois também lemos que as lagartas não gostavam do cheiro...
Também lemos que cinza e limalha de ferro inibe em parte a circulação dessas lagartas esfomeadas de plantas tenrinhas e já estamos a preparar essas novas ofensivas.
Ontem e hoje choveu bastante.
Já tenho comigo limalha de ferro para a próxima fase do confronto com as lagartas.